Condenamos veementemente o golpe institucional que se efetivou hoje, 31 de agosto de 2016, depois de uma longa paródia jurídico-parlamentar carregada de cinismo, hipocrisia e autoritarismo. O golpe expõe a natureza conservadora e neoliberal das elites brasileiras e a sua desfaçatez para fazer uso da força bruta para derrotar o seu inimigo de sempre: os setores populares, historicamente excluídos no Brasil.
Nós – militantes do Coletivo Arrua e do Vigência – nos alinhamos aos muitos e muitas que identificam e denunciam a natureza deste golpe. As primeiras medidas do governo ilegítimo e anti-popular de Temer constituem ataques abertos aos direitos sociais ampliados nos últimos 13 anos e garantidos pela Constituição de 1988, além de desregulamentar a economia e frear as investigações de corrupção.
Denunciamos esse Golpe de Estado misógino, patriarcal, elitista e hipócrita que é, acima de tudo, um golpe do capital. Nos comprometemos a construir junto a todos os atores do campo popular o projeto de resistência ao golpe e de construção de uma nova democracia.